segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Diálogos democráticos

Ricardo Costa de Oliveira______ O PT é o grande partido moderno de esquerda no poder e se tornou de centro-esquerda para construir uma maioria parlamentar e ganhar sucessivas eleições com saldo social positivo nos últimos onze anos. Ainda bem que o PT no poder não teve o mesmo destino que um João Goulart (1964), Salvador Allende (1973), Jacobo Arbenz (1954). Não foi derrubado porque foi inteligente e sabe respeitar as instituições, os acordos e construiu uma base majoritária. O PT venceu onde a ARENA, o PDS, o PRN e o PSDB fracassaram !

José Diniz_______ Ou ainda,  se suicidar como fez Getúlio Vargas, quando as forças americanas atracadas em nossas águas aguardavam o momento para "dar" o poder aos militares, como ocorreu em primeiro de abril de 1964...

Antonio Navarro______ Dialeticamente, conserva superando. Supera conservando.

Dennison de Oliveira_______ O petismo no poder é o pai dos pobres - e a mãe dos ricos: Do orçamento federal, saúde compromete 4,07% e juros da dívida consomem 45,05% http://www.sedufsm.org.br/index.php?secao=noticias&id=503

Antonio Navarro________ A arrecadação per capita do estado brasileiro corresponde a um terço da arrecadação dos países mais desenvolvidos. Infelizmente cobram-se mais impostos dos pobres que dos ricos, e até que se chegue ao destino final, tais tributos ainda passam por caminhos tortuosos... ainda assim, o modelo de Estado adotado pela Constituição cidadã de 88 faz com que o Brasil, bem ou mal, disponibilize acesso universal a diversos serviços, que sem dúvida precisam ser melhorados. Inclusive com arrecadação maior, e de quem pode e deve pagar.

Ricardo Costa de Oliveira______ Dennison, é um dado importante e mostra o quanto ainda deve ser feito. Na época do FHC e do PSDB o índice de desaprovação da saúde pública era muito maior e na época da ditadura militar e da ARENA a mortalidade infantil era gigantesca e a saúde pública e o atendimento eram muitíssimos piores, o que mostra que houve substantivos avanços em todos os indicadores sociais e de saúde entre 2003 e 2013.

Dennison de Oliveira________ Lullismo e tucanato são duas faces da mesma e miserável miséria neo-liberal com seus orçamentos dedicados aos banqueiros, privatizações criminosas, recolonização e submissão do país ao capital internacional. A única diferença é que o lullismo compreendeu que o programa do Banco Mundial só seria sustentável se aplicado na sua inteireza, isto é, com políticas compensatórias focalizadas que tanto tornassem possível a eternização dessa desgraça quanto impedissem a cidadania de se universalizar - e só. Curioso q alguns tucanos tenham percebido isso, mas o fhc preferiu ficar mesmo com a masturbação sociológica.

Ricardo Costa de Oliveira_______ Há diferenças importantes. A ditadura militar afundou o Brasil na crise da dívida externa e na corrupção. Os militares fugiram da política partidária, envergonhados com fracasso eleitoral da ARENA e do PDS. A falência do regime militar, nós vivemos mal isto. O PSDB se afundou na privataria e até hoje não tem propostas e agendas políticas fora do neoliberalismo privatizante, o que o derrotará sempre. O governo do PT, de centro-esquerda inclusiva, procura respeitar os contratos sociais e econômicos com todos os setores. O orçamento público não consegue atender todas as demandas e necessidades políticas. A relação do Brasil com o FMI foi modificada. Em uma sociedade de mercado o governo do PT inovou pela ampliação do consumo popular e pela ampliação das políticas sociais, como a bolsa família e políticas de saúde, como o mais médicos, todos bem apoiados pela população. O modelo de gestão do PT ainda é o menos pior para uma sociedade tão complexa, desigual e dividida como a brasileira. Um modelo bolivariano de liderança única e sucessivas reeleições não se adaptaria à complexidade do Brasil. Um modelo 100% estatal também fracassaria. A gestão mista do PT (público-privado) é a que melhor atende a correlação de forças e os interesses entre as propostas da extrema-esquerda e extrema-direita, ambas inviáveis, incompatíveis com as maiorias democráticas, sem violências destrutivas radicais e fracassos posteriores.

       A corrupção foi pior e muito menos fiscalizada pela mídia na época da ARENA, do PDS, do PRN e do PSDB. As opções de oposição são pouco consistentes e beneficiam a reeleição da Dilma. As dificuldades nas chapas Aécio-Serra e Eduardo Campos-Marina são flagrantes. A extrema esquerda e outros grupos alternativos como os Black Blocks, Anonymous e outros fazem barulho, mas não terão propostas ou chapas competitivas. Na democracia cada um tem a sua opinião e pela dinâmica das coisas será difícil a Dilma e o PT perderem a eleição por falta de melhores opções ou de opções menos piores do que a situação atual. Do jeito que o processo está o PSDB é que estará na defensiva para reeleger seus governadores em estados como Paraná e São Paulo, que também enfrentam problemas de corrupção como o trensalão. Vamos acompanhando o quadro. Abraços !


Luiz Eduardo Motta_________ Ricardo....a política brasileira não se resume (felizmente) ao conflito PT x PSDB, inclusive porque representam quase as mesmas frações do bloco no poder hegemônico por sinal é capaz dessa próxima eleição a polarização ser entre PT e o seu ex-aliado PSB...a questão é quais as forças que de fato se encontram na formação social brasileira que representam a alternativa contra o grande capital e o Estado capitalista, e o PT, com efeito, não está incluso nisso

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