Imundície abarrotando as calçadas , conspirando contra a saúde
dos populares.
Nas estradas os buracos e a precária sinalização fazem mais
vitimas.
Bandos de marginais , pivetes , homicidas e estupradores
andam pela noite , protegidos pela pouca iluminação , a policia com mal
selecionado e reduzido contingente , correntes de equipamentos e mal
selecionado e reduzido contingente, carentes de equipamentos e mal pagos,
fracos para conter a avassaladora onda da criminalidade.
Mendigos perambulam a procura de alguma coisa nas latas de
lixo, dormem nas portas das lojas, nos bancos das praças, alimentando-se da
caridade alheia.
Nesta cidade só sorrisos, até o carroceiro sorri sem dentes
, num riso triste. Urbe ecológica, não faltam árvores para dar sombra aos ‘sem
teto ‘.
Agências bancárias, restaurantes , lanchonetes, shoppings,
flats, edifícios , spa’s , ‘brotam a cada instante em algum canto da cidade ,
porque a fase de crescimento está apenas no seu liminar.
O progresso não é capaz de sepultar o quadro deplorável de miséria,
um clamor ecoa em cada coração, algo precisa ser feito e com urgência urgentíssima
, pois esta é uma realidade que a todos envergonha . A disparidade de
oportunidades, logo sua concentração da renda, condenando milhões a
marginalidade, enquanto uma elite cada vez mais reduzida saboreia os frutos do
capitalismo sem limites.
Wilson Roberto Nogueira.1992.
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